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O jogo da imitação
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.
Nenhum personagem desse tipo.
Alan Turing
Tipo: Tipo 5 - O Observador
Sub-tipo: Social
Pessoas do Tipo 5, se orientam pela compreensão vinda da análise mental da realidade, acreditando na lógica e na razão. O racionalismo, lógica e critérios estão acima de tudo. Isso faz se manifestar, no Tipo 5, a característica de especialista ou aquele que se aprofunda na análise.
No subtipo social, encontramos indivíduos menos fechados que seus companheiros Preservação e Sexual. Envolvem-se em temas complexos que exigem profunda análise. Por ser o subtipo mais sociável dos 3, o Tipo 5 social é atraído por sistemas que explicam, clubes fechados e simbolismos.
Turing é apático, tem um distanciamento emocional e inventividade, que são traços comuns nas pessoas deste tipo.
A atração por sistemas que explicam e assuntos que necessitam de profunda analise são evidentes no protagonista, que logo na adolescência se interessa por criptografia. E quando chamado para uma entrevista de emprego do Governo Britânico, ele fala sobre sua habilidade com caça palavras, quebra cabeças, jogos, códigos, etc, ou seja, sistemas que explicam e simbolismos.
Representantes deste perfil correm o risco de desenvolver arrogância, e podemos perceber isso em Turing em vários momentos do filme, como quando Turing desdenha dos seus futuros colegas de trabalho na primeira reunião, afirmando que eles o atrapalhariam por não terem tanto conhecimento quanto ele.
O vício emocional do Tipo 5 é a avareza, gerando uma racionalização exagerada, onde qualquer perspectiva que não estiver de acordo com a sua racionalização não será reconhecida.
Alguns motivos de estresse para esse perfil são sentir-se invadido, perda de liberdade e sentir-se não compreendido.
Turing não consegue cumprir o prazo estipulado de seu projeto (perdendo a credibilidade do Governo para a funcionalidade e genialidade de sua máquina), problemas de convivência com sua equipe e sua sexualidade fazem com que Turing entre em estresse e, dessa forma, ir para o ponto 7, assumindo as características negativas desse perfil, tornando-se alienado e fantasioso. Turing mergulha em sua pesquisa e acaba esquecendo-se do mundo a sua volta. A própria equipe de Turing fala sobre a responsabilidade de seu trabalho e de quantas pessoas estão perdendo a vida na guerra, enquanto ele se abstêm de qualquer outra alternativa para solucionar o problema, que não seja construir sua máquina.
A proposta para o Tipo 5 neutralizar seu vício emocional é trazer à consciência a perspectiva do ponto 8, expressando seus anseios e interesses. Nesse momento ele pode interagir com a realidade de forma mais espontânea, libertando-se da postura contida. Quando Turing para a sua racionalização e ativa a sua natureza instintiva ele consegue neutralizar o seu vício e conseguir o engajamento e confiança de sua equipe e dessa forma conseguem encontrar a solução para o problema.
Infelizmente, Turing é perseguido e condenado por indecência devido a sua homossexualidade. O uso abusivo de remédios determinados pela justiça, faz com que ele incorpore novamente as características negativas do tipo 7, tornando-se alienado e fantasioso, isolando-se em sua casa. Ao evadir-se para a mente, Turin perde o contato com a realidade numa tentativa de fugir da dor. Aos 41 anos, Alan Turing se suicidou em 1954.